domingo, 3 de outubro de 2010

Nascimento e morte do sujeito moderno. Resposta do II Fórum.

Ao ler este capítulo é possível perceber que Stuart Hall fez um esboço da descrição feita por alguns teóricos contemporâneos em vários estágios e das principais mudanças na forma dos pensamentos e da identidade do sujeito noção do sujeito moderno. Abordando o sujeito moderno como uma figura "centrada" nos discursos e práticas da modernidade e, posteriormente, o "descentramento" do sujeito no período que ele chama de modernidade tardia.
Alguns movimentos importantes contribuíram para a concepção do sujeito da modernidade: a Reforma e o Protestantismo, que liberaram a consciência das instituições religiosas; o Humanismo Renascentista, que colocou o homem no centro do universo, as revoluções científicas, que conferiram o homem as capacidades de investigação e domínio da natureza e o Iluminismo, centrado na imagem do Homem Racional, científico e livre dos dogmas e da intolerância. Stuart Hall lembra que o filósofo francês René Descartes faz o sujeito moderno nascer em meio à dúvida metódica e o ceticismo. A partir daí, Descartes explica todo o restante do mundo material em termos mecânicos e matemáticos. O pensamento de Kant, Marx e de Adam Smith fez surgir uma concepção mais social de sujeito. Dois outros importantes eventos contribuíram nos fundamentos da concepção de sujeito moderno: os trabalhos darwinianos, onde o sujeito humano foi "biologizado". Outro foi o surgimento das novas ciências sociais. Descreve que: desde então; ocorreram cinco grandes eventos que contribuíram para o "descentramento" do sujeito. A primeira descentração refere-se às tradições do pensamento marxista. O segundo dos grandes "descentramentos" refere-se aos estudos de Freud e a descoberta do inconsciente. Para Freud, a identidade é algo formada ao longo do tempo, através de processos inconscientes. O terceiro descentramento refere-se à lingüística, aos trabalhos de Sausserre, para ele nós não somos, em nenhum sentido, os "autores" das afirmações que fazemos e dos significados que expressamos na língua, ou seja, ela é individual. O quarto descentramento refere-se aos trabalhos do filósofo Michel Foucault sobre a vigilância e a regulação do poder disciplinar, é o impacto do feminismo, partindo dos "novos movimentos sociais" que emergiram durante os anos 60. Em conclusão podemos perceber que o sujeito iluminista foi descentralizado ao longo do tempo, fragmentando assim o sujeito da pós-modernidade.

Um comentário:

  1. Ok. Há só um equivoco na citação de F. de Saussure. Para ele, a língua era social, não individual. O que era individual para Saussure era a fala. Também chamo a atenção para o texto que apresenta alguns problemas de pontuação, que às vezes comprometem a coesão.

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