segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A identidade em questão: concepções e o caráter da mudança na modernidade tardia

Discutir a identidade cultural de um indivíduo é questionar em qual “época”, sociedade e circunstância que o sujeito está inserido, e como ele administra as transformações que estão ocorrendo ao seu redor. Portanto, o indivíduo não tem sua própria identidade definida, conforme as mudanças internas e externas que sofre ele se identifica naquela identidade e se restringe da sua próprias essência. Como reflete Hall, é o que se nota a cada progressão de tempo na existência como sujeito humano.

O sujeito do iluminismo era fundamentado num sujeito egoísta, a sua razão era única, a sua identidade era o seu “eu”. O sujeito sociológico parte da reflexão do seu “eu” sujeito com o intercâmbio do “eu” do outro (sociedade). Nesse diálogo interior e exterior se projeta uma nova identidade. Partes se juntam unificando identidades culturais de diversas identidades. Esse modelo de identidade unificada se finda com as mudanças estruturais e institucionais. Com isso se produz um sujeito pós-moderno o qual é um indivíduo “sem identidade”, o manifesto do seu “eu” é momentâneo, ou seja, a cada situação o sujeito assume um tipo de identidade diferente, ocasionando multiplicidade de “eu”.

Outro fator que afeta a identidade é o caráter da mudança na modernidade tardia, melhor dizendo, ao processo de mudança conhecido como “globalização” e seu impacto sobre a identidade cultural. O que corre com esse sujeito é o impacto do deslocamento de si mesmo. A reestruturação do seu pessoal e mais íntimo “eu” formando novas identidades a partir de um novo sujeito.

Toda essa pluralização de identidades decorre de consequências políticas advindas de movimentos sociais. A forma como o sujeito é descrito acarreta “jogo de identidades”, incide na transferência (cruzamento) da percepção de um sujeito pelo outro, causando contradições que se fundem, consequentemente, fornecendo subsídios para uma constituição de identidade politizada capaz de mobilizar e mudar os tabus de cada identidade.

Do ponto de vista de Hall, O que se deve compreender é que cada ser tem suas diferenças pessoais e culturais. A receptividade de um indivíduo pelo o outro pode causar ganhos e perdas de identificação, assim sendo, deve-se dar crédito a essas diferenças conscientizando que o sujeito da modernidade tardia é composto de diversas identidades resultante de um deslocamento conceituado de "globalização".

Acadêmicas: Mara Angélica, Ângela Cristina, Flávia Fonseca e Maria Kleidy

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Ok. Só uma questão: no fragmento "o sujeito da modernidade tardia é composto de diversas identidades resultante de um deslocamento conceituado de globalização'". No dizer de vcs, globalzação seria então esse deslocamento ao qual vcs se referem? Ou seria o fenômeno do deslocamento uma condição da pós-modernidade, entre outras coisas, marcada pela globalização?

    ResponderExcluir