domingo, 26 de setembro de 2010

Resposta do 3º fórum

Stuart Hall inicia este capítulo afirmando que fará um esboço da descrição feita por alguns teóricos contemporâneos e das principais mudanças na forma pela qual conceitualiza-se a noção de sujeito e de identidade no pensamento moderno. Aborda a emergência do sujeito moderno como uma figura "centrada" nos discursos e práticas da modernidade e, posteriormente, o "descentramento" do sujeito no periodo que ele chama de modernidade tardia. O sujeito moderno reune dois significados distintos: é indivisível e singular. Alguns movimentos importantes contribuiram para a concepção do sujeito da modernidade: a Reforma e o Protestantismo, que liberaram a consciência das instituições religiosas; o Humanismo Renascentista, que colocou o homem no centro do universo, as revoluções científicas, que conferiram o homem as capacidades de investigação e domínio da natureza e o Iluminismo, centrado na imagem do Homem Racional, científico e livre dos dogmas e da intolerância. Stuart Hall lembra que o filósofo francês René Descartes faz o sujeito moderno nascer em meio a dúvida metódica e o ceticismo. No final, Descartes acerta as contas com Deus ao torná-lo o primeiro movimentador de toda a criação. A partir daí, Descartes explica todo o restante do mundo material em termos mecânicos e matemáticos. O pensamento de Kant, Marx e de Adam Smith fez surgir uma concepção mais social de sujeito. Dois outros importantes eventos contribuiram nos fundamentos da concepção mais ampla de sujeito moderno: os trabalhos darwinianos, onde o sujeito humano foi "biologizado". Outro foi o surgimento das novas ciências sociais. Stuart Hall descreve que: desde então; ocorreram cinco grandes eventos que contribuiram para o "descentramento" do sujeito. A primeira descentração refere-se às tradições do pensamento maxista. O segundo dos grandes "descentramentos" refere-se aos estudos de Freud e a descoberta do inconsciente. Este arrasa com a idéia de um sujeito cognoscente e racional provido de uma identidade fixa e unificada - o "penso, logo existo" do sujeito de Descartes. Para Freud, a identidade é algo formada ao longo do tempo, através de processos incoscientes. O terceiro descentramento refere-se à linguistica, aos trabalhos de Ferdinand Saussare. Para Saussare, nós não somos, em nenhum sentido, os "autores" das afirmações que faemos e dos significados que expressamos na língua. "A língua é um sistema social e não individual. Ela prexiste a nós". O quarto descentramento refere-se aos trabalhos do filósofo Michel Foucault sobre a vigilância e a regulação do poder disciplinar. O quarto descentramento é o impacto do feminismo, parte dos "novos movimentos sociais" que emergiram durante os anos 60. Stuart Hall conclui afirmando que o sujeito do Iluminismo, visto como tendo uma identidade fixa e estável foi descentrado, resultando nas identidades abertas, contraditórias, inacabadas e fragmentadas do sujeito pós-moderno

Poeticidade do samba de coco
(Ana Regina; Cleyanne; Patríci;Aline; Sheyla)

Um comentário:

  1. Vcs esqueceram de dizer de que capítulo do livro de Hall se trata. Com certeza o leitor comum não saberá se não for dito. Ótima síntese do capítulo " Nascimento e morte do sujeito moderno". Fica só faltando, como ocorre na maioria das demais postagens aqui feitas, o estabelecimento de uma discussão com base na reflexão sobre a leitura feita.

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