AS CULTURAS NACIONAIS COMO COMUNIDADES IMAGINADAS
O primeiro “infectante” da identidade cultural é a nacionalidade e cultura local na qual somos inseridos desde o nascimento. Observando, pode-se perceber que o indivíduo é identificado pela parte do globo terrestre onde ele nasce, imprimindo nele marcas sociais que remetem aspectos culturais, mas desprendem-se de qualquer ponto genético. Entretanto, a conectividade entre o indivíduo e a nacionalidade é intrínseca - e politicamente falando importante para produzir um significado histórico-cultural para o ser humano, além de criar um mecanismo de organização e padronização, a exemplo do “sistema educacional” e a “língua vernacular como meio dominante de comunicação em toda nação”.
Tirando as máscaras da cultura nacional, matando o instinto forçado de veneração a pátria e despindo a identidade refletida nos símbolos, têm-se fios – visíveis a poucos – que manipulam as nossas ações e virtuam “a concepção que temos de nós mesmos”. Atrás dos filmes da história nacional – além de produção- existe “a cadeia da ideia”, em que o indivíduo esta voltado ao reflexo de outrora e condicionado a abraçar as identidades da sua cultura - seguindo as sobras do passado imortal. O poder da sociedade esta concentrado num controle remoto de identidades culturais; tudo que pensamos e fazemos é previamente imaginado e programado; Benediet Anderson (1983) diz: a identidade nacional é uma “comunidade imaginada”.
O mecanismo de controle das identidades culturais consiste-se primordialmente em disseminar a história nacional - através dos dispositivos de mídia – tornando-a viva – enraizada e bem regada- e assim concedendo significado e importância a nossa existência. A segunda esfera aponta para a ênfase nas origens, na continuidade, na tradição e na intemporalidade. A terceira estratégia grifa os discursos de Hobsbawm e Ranger: As tradições inventadas que se consistem em tradições fraudulentas que atestam ser antigas e são recentes ou inexistentes. A quarta paleta do leque do controles das identidades revela a narrativa da cultura nacional e a do mito fundacional em que a localização primordial da história - identidade cultural do indivíduo -, perde-se no tempo e tudo que resta são registros sem base cronológica – apenas discursiva –mitológica. Finalmente, apresenta-se a face do quinto botão das identidades nacional caracterizada pela ideia de povo ou cultura pura. Enfim, “Devemos ter em mente esses três conceitos, ressonantes daquilo que constitui uma cultura nacional como uma “comunidade imaginada”: as memórias do passado; o desejo por viver em conjunto; a perpetuação da herança.” (p.58)
Contudo, é imprescindível salientar que o nacionalismo gera uma competição entre as nações divergentes, seja no aspecto cultural, político, econômico, ortodoxo, educacional, moral ou racial, serve para impermear a cultura, a nacionalidade e assim, preservar a identidade cultural, conservando o controle do indivíduo no espaço social.
Caros colegas, otrabalho de vocês está legal,mas o assunto do III FÓRUM não é O NASCIMENTO E MORTE DO SUJEITO PÓS-MODERNO?
ResponderExcluirÉ parece estar havendo inversão na ordem dos fatores. Não tem problema, desde que nenhum dos capítulos propostos à leitura deixem de ser comentados. Eu também gostei da resenha. Chamo atenção apenas para escorregõezinhos de ordem ortográfica e quanto à concordÂncia e à coesão.
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