quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Nascimento e morte do sujeito moderno

2º Fórum “Nascimento e morte do sujeito moderno”

A descrição do sujeito humano será feita em seus vários estágios, como certas capacidades fixas e sentimento estável emergiram pela primeira vez na idade moderna. Emergira no momento do nascimento e se desenvolveria ao longo de toda a existência do indivíduo. Ele liberta-se dos dogmas da Igreja, desencadeado com a Reforma, o protestantismo e com as transformações resultantes de ideias filosóficas, como as de René Descartes e de Jonh Locke, que, definiu: “a identidade da pessoa alcança a exata extensão em que sua consciência pode ir para trás, para o passado” (Hall, 2006, p. 25-28).
Segundo Hall (2006, p. 34-46), muitos avanços ocorreram na pós-modernidade, baseados nas teorias sociais e humanas, e cujo maior efeito argumenta-se, foi o sujeito cartesiano. São elas: o pensamento marxista, que rejeitou a essência do homem como atributo do sujeito singular; a descoberta do inconsciente de Freud, que rejeita o sujeito racional, cuja identidade seja algo inato, mas afirma que nossas identidades são formadas nos processos psíquicos e simbólicos do inconsciente, permanece incompleta e sempre “em processo”, sempre “sendo formada” (Hall, 2006, p. 38); a linguística estrutural de Ferdinand Saussurre, que afirma que não somos autores das afirmações que fazemos, ou dos significados que expressamos na língua. A língua é um sistema social e não um sistema individual (p.40); as ideias do filósofo Michael Foucault, que destaca um novo tipo de poder, que ele chama de “poder disciplinar” na “genealogia do sujeito moderno”, que tem como as instituições que “policiam” e “disciplinam” as populações modernas (oficinas, quartéis, escolas, prisões, hospitais, clínicas, etc.) e, o impacto do feminismo, que emergiu durante os anos 60, tanto pela sua força crítica teórica quanto como movimento social.
Portanto, todos esses argumentos teóricos mostram-nos que a identidade não é fixa e estável. Entretanto, abertas, contraditórias, inacabadas, fragmentadas, do sujeito pós-moderno. O sujeito pós-moderno forma e transforma continuamente a identidade, conforme as suas experiências com o mundo e com o que lhe interpela, definindo-se historicamente e não biologicamente, apenas (Hall, 2006, p13).

Grupo: Poesias penduradas (Literatura de Cordel)
Alunas: Ângela Cristina, Mara Angélica, Kleidy, Flávia.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. No geral, observa-se que vcs captam e articulam bem as idéias centrais discutidas no capítulo. Contudo, a postagem não toma a forma de uma discussão, mas a forma de uma paráfrase. A idéia é estabelecer a discussão a partir da leitura do capítulo. Além disso, chamo a atenção para a construção do primeiro período que me parece problemática.

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